Mensagens

A mostrar mensagens com a etiqueta Etnografia

O Folclore e a Etnografia estiveram presentes nos festejos dos Centenários (1940)

Imagem
Aspecto da parte folclórica do cortejo, vendo-se à direita os Sargaceiros de Esposende. No Cortejo Histórico do Mundo Português "Revista dos Centenários" - nº19/20 - 1940 Um aspecto do Cortejo do Trabalho. no Porto "Revista dos Centenários" - nº21 - 1940 Em 1940, Portugal celebrou os centenários da Fundação de Portugal como reino independente (1143) e o da Restauração da Independência de Portugal, que ocorreu em 1640. Para comemorar esse marco histórico, foram organizadas várias cerimónias e eventos, um pouco por todo o país, mas principalmente em Lisboa. O Estado Novo, liderado por António de Oliveira Salazar, aproveitou a ocasião para promover a propaganda nacionalista e exaltar a identidade portuguesa. Foram realizadas exposições, desfiles, concertos e outras manifestações culturais para celebrar a história e a cultura de Portugal. Os festejos dos centenários em Portugal em 1940 foram uma oportunidade para reforçar o sentimento de orgulho nacional e promove

A Capucha - Trás-os-Montes

Imagem
Mulheres do concelho de Boticas (Trás-os-Montes / Barroso) trajando Capuchas. Mulher com Capucha, "fazendo meias", junto de gado bovino. A Capucha De entre as peças de vestuário que apresentam simplicidade de feitio e riqueza de aplicação recorde-se a capucha, de que se ocupou José Júlio César, em Terra Portuguesa . «Nunca a fértil imaginação de alfaiate ou modista inventou peça de vestuário mais apropriada e útil. Não é fácil precisar bem a sua origem, mas tudo leva a crer que viesse do Oriente, sendo trazida à região pelos Árabes , se é que o modelo não foi extraído de alguma gravura, estampa ou desenho vindo dos Lugares Santos , o que é muito natural. Portanto a capucha ainda hoje é precisamente o manto que, desde o princípio do Cristianismo , aparece cobrindo a maior parte das imagens.  Apenas foi modificado o modelo, adaptando-lhe no cimo, na parte que há-de assentar na cabeça, uma semi-rodela de pano em forma de meia-lua. Ler+ Sugestões: As segadas - Castanhe

Campinos do Ribatejo

Imagem
«(...) Atravessa-se a vila de Azambuja, e já a cada momento, na estrada, é necessário diminuir a marcha do automóvel para deixar passar os rebanhos de ovelhas e carneiros, as manadas de potros e éguas, conduzidos à vara por campinos a cavalo, de barrete vermelho e meia branca, jaleca ao ombro, erectos nas selas mouriscas.  São homens altos e secos, pernaltas com músculos de cavaleiros, a face moura, os matacões tufando da carapuça, o mento e o lábio superior escanhoados, que do alto do cavalo sorriem com desdém para o nosso veículo hipercivilizado.» ( Carlos Malheiro Dias - 1875/1841, in Grandes Agrários Ribatejanos ) Sugestão: " Campino, o aristocrata da lezíria " Campinos do Ribatejo nas Avenidas de Lisboa Sugerimos a leitura dos textos abaixo As cores republicanas no barrete do campino ribatejano O campino do Ribatejo tal como atualmente o conhecemos, altivo na sua montada, com o seu pampilho, apresenta-se invariavelmente com – o seu colete encarnado, – faixa ver

Dr. José Leite de Vasconcelos, arqueólogo e etnógrafo de renome

Imagem
Dr. José Leite de Vasconcelos No número do Diário do Governo , correspondente ao dia 11 do actual mês [ Agosto de 1913 ], acha-se publicada uma portaria do teor seguinte: « Tendo o ministro da Instrução Pública feito uma demorada visita ao Museu Etnológico Português, da qual trouxe a melhor impressão pela ordem, método e orientação científica que presidem à disposição das suas diferentes secções: manda o governo da República Portuguesa que ao director do referido Museu, dr. José Leite de Vasconcelos, seja dado público testemunho do louvor que lhe merecem a sua notável competência e o desvelado interesse que tem empenhado no progresso do Museu a seu cargo e no constante aumento e valorização das suas coleções .” Este diploma, à parte a sua redação que se impunha muito mais acurada, vale como acto de justiça, fundamente legitimado. José Leite de Vasconcelos , filho de pais não ricos, venceu em condições difíceis os estudos preparatórios e conseguiu mais tarde frequentar a Universid

Espaço etnográfico: Casa-Museu de Aljustrel (Fátima)

Imagem
A placa que identifica o museu utiliza a rocha calcária da região. A descamisada do milho é um dos quadros que o museu reconstitui O manequim representa o traje tradicional da região a sul do concelho de Ourém onde se situa a localidade de Fátima. Em casa, fazendo os deveres… No pátio, alfaias e carroças. A Casa-Museu de Aljustrel recuperou uma habitação tradicional, construída em pedra da região.  Na área a norte do concelho de Ourém, onde a pedra não abunda, as casas eram feitas de terra e adobe. A oficina do sapateiro. O tradicional jugo e o carro de bois. Fotos e legendas de Carlos Gomes Sugere-se a leitura do texto intitulado Em Fátima: Casa-Museu de Aljustrel é um espaço etnográfico Milhares de peregrinos de todo o mundo afluem todos os anos ao Santuário da Cova da Iria, em Fátima.  Não raras as vezes, as estradas assemelham-se a carreiros de formigas laboriosas que rumam àquele local de culto e meditação. Ler+

Olaria de Bisalhães (Vila Real ) - Moldar o barro

Imagem
Olaria de Bisalhães - Moldar o barro « A mesa de trabalho é formada por duas rodas e pelo banco.  A de cima, grossa, tem um orifício reforçado com latão (“bucha de roda”), onde insere um eixo de madeira (“bico de trabulo”), que liga a outra, colocada por baixo.  No centro do tampo há uma elevação, com um palmo de diâmetro, onde se pousa o barro.  Movimentando a roda inferior, com o pé, faz girar a que está por cima, onde coloca o barro de onde sairá a peça a elaborar. À medida que a roda gira, segura o barro com a mão esquerda e, com a outra, dá-lhe a forma desejada, molhando-a para facilitar o trabalho.  Antes que a argila seque, o artesão dá asas à sua imaginação e enfeita a peça com flores ou outros adornos.» Texto: Júlio António Borges, in Monografia do concelho de Vila Real Imagem: Foto de Duarte Carvalho – Colecção de Postais editados pelo Centro Cultural Regional de Vila Real em 1999

Olaria de Bisalhães (Vila Real ) - Picar o barro

Imagem
Olaria de Bisalhães -  Picar o barro « O barro, tirado da barreira, era partido e guardado numa dependência, a que chamavam “caleiro”.  Quando fosse necessário, levavam-no para o pio e, deitando-lhe água, malhavam-no até o reduzir a pó.  Passavam-no pela peneira, para afastar as impurezas.  Havia dois tipos de peneira, conforme os utensílios a produzir: o crivo (malha larga) para a “louça churra”; e a peneira de rede fina, destinada à confecção de louça decorativa .» Texto: Júlio António Borges, in "Monografia do concelho de Vila Real" Imagem: Foto de Duarte Carvalho – Colecção de Postais editados pelo Centro Cultural Regional de Vila Real em 1999

Olaria de Bisalhães (Vila Real ) - Expôr a louça

Imagem
Olaria de Bisalhães - Expôr a louça « Até à construção do IP4, um pouco antes de chegar a Vila Real, havia tendas de louça preta a ladear a estrada .  O viajante, atraído pela cor das peças, parava e o negócio lá se ia desenvolvendo.  Com a a abertura da via rápida, as tendas foram transferidas para pequenos pavilhões, à entrada da cidade.  Nalguns, pode-se admirar o trabalho do oleiro, na azáfama de elaborar as belas peças que exibe penduradas por dentro e por fora da loja .» Texto: Júlio António Borges, in Monografia do concelho de Vila Real Imagem: Foto de Duarte Carvalho – Colecção de Postais editados pelo Centro Cultural Regional de Vila Real em 1999

Olaria de Bisalhães (Vila Real ) - Esconder, na liga, os pucarinhos do peito

Imagem
Olaria de Bisalhães - Esconder, na liga, os pucarinhos do peito « A par dos utensílios de barro preto, usados nas lides domésticas, havia minúsculas peças ornadas com um lacinho na asa ou no gargalo.  Os namorados procurando agradar ao ente querido, ofereciam-lhas, trazendo-as ao peito enquanto durassem os festejos (1).  Daria mais sorte se fossem roubadas.” Texto: Júlio António Borges, in Monografia do concelho de Vila Real Imagem: Foto de Duarte Carvalho – Colecção de Postais editados pelo Centro Cultural Regional de Vila Real em 1999 (1)  Nota da Equipa do Portal : Feira dos Pucarinhos, dias 28 e 29 de Junho (Festas de S.Pedro), que se realiza, desde meados do século XIX, na Rua Central (actualmente Rua dos Combatentes da Grande Guerra), em frente da Igreja dos Clérigos, mais conhecida como Capela Nova.

Olaria de Bisalhães (Vila Real ) - Retirar a louça do forno

Imagem
Olaria de Bisalhães - Retirar a louça do forno « O fumo provocado pela combustão, dá a cor característica do barro da região.» Texto: Júlio António Borges, in Monografia do concelho de Vila Real Imagem: Foto de Duarte Carvalho – Colecção de Postais editados pelo Centro Cultural Regional de Vila Real em 1999

Olaria de Bisalhães (Vila Real ) - Cozer a louça

Imagem
Olaria de Bisalhães - Cozer a louça « Tapado o forno, a temperatura atingia novecentos graus.  Há fornos feitos com tijolo, medindo metro e meio de profundidade, por três de diâmetro.  Aplicavam um pião (cilindro), para facilitar a difusão das chamas pelas peças, e “roncas” (panelas estragadas), evitando que quebrassem, adquirindo um tom avermelhado se não fosse abafada.» Texto: Júlio António Borges, in Monografia do concelho de Vila Real Imagem: Foto de Duarte Carvalho – Colecção de Postais editados pelo Centro Cultural Regional de Vila Real em 1999

Olaria de Bisalhães (Vila Real ) - Colocar as peças no forno

Imagem
Olaria de Bisalhães - Colocar as peças no forno « Depois de seca, a louça é metida no forno (buraco na terra que leva cerca de mil peças grandes, ou seis mil pequenas, de cada vez), pousada numa grelha sobre lenha a arder.  O buraco é coberto com musgo, caruma e terra, fazendo uma abertura para facilitar a circulação do ar .» Texto: Júlio António Borges, in Monografia do concelho de Vila Real Imagem: Foto de Duarte Carvalho – Colecção de Postais editados pelo Centro Cultural Regional de Vila Real em 1999

Olaria de Bisalhães (Vila Real ) - Gogar

Imagem
Olaria de Bisalhães - Gogar « Terminado o artefacto, usa uma palheta para aperfeiçoar os rebordos e um “gogo” (pedra do rio) para a polir.  Os desenhos são aprimorados com um pedaço de pau, afiado, desenhando os motivos decorativos .» Texto: Júlio António Borges, in Monografia do concelho de Vila Real Imagem: Foto de Duarte Carvalho – Colecção de Postais editados pelo Centro Cultural Regional de Vila Real em 1999

Os espigueiros ou canastros e a cultura do milho

Imagem
«Um pouco por toda a região do noroeste peninsular, surge frequentemente na paisagem rural um tipo de construção bastante característica que, pela graciosidade que possui, tornou-se num elemento emblemático daquela região – o espigueiro! Também designado por canastro ou caniceiro em função dos materiais empregues na sua construção, o espigueiro constitui um celeiro onde o lavrador guarda as espigas .  De posse particular ou comunitária, a dimensão do espigueiro reflecte a grandeza da produção que normalmente é efectuada.  De modo idêntico, a sua ornamentação depende da fantasia do construtor e dos recursos do proprietário.(...)» Ler+ Foto: Carlos Gomes

Imagens da XIX Feira Rural Portuguesa - 2014

Imagem
Imagens da XIX Feira Rural Portuguesa - 2014     Imagens disponibilizadas pela Federação do Folclore Português   Clique aqui para aceder a informações sobre a XX Feira Rural Portuguesa , que se vai realizar em 2015.