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Tipos Populares Portugueses - Pescadeira de Ílhavo

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Pescadeira de Ílhavo Cliché do Photographo Amador Paulo B. Namorado (Ilustração Portuguesa) A Pescadeira de Ílhavo é uma das inúmeras representações culturais da região de Ílhavo, uma pequena cidade costeira localizada no centro de Portugal. Esta é uma figura icónica que simboliza a força e a determinação das mulheres que tinham um papel preponderante na atividade piscatória. A Pescadeira de Ílhavo era a mulher que aguardava ansiosamente o regresso dos pescadores do mar, e que acolhia os maridos, filhos e pais com uma energia contagiante. Vestida com trajes de cores escuras, com lenço e chapéu na cabeça e avental de chita, ela era a imagem da coragem, do respeito e da solidariedade entre as gentes de Ílhavo. Antigamente, a pesca era uma das principais fontes de subsistência da população local. Homens partiam em frágeis embarcações para enfrentar as adversidades do mar, enquanto as mulheres, verdadeiras guardiãs das famílias, mantinham a chama da esperança acesa em terra fi

Lavadeiras de Portugal - mulheres extraordinárias

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Lavadeiras de Mafamude (Cliché do distinto fotógrafo amador, do Porto, sr. Eduardo Paulo) Ilustração Portugueza - 15 de Junho de 1914 As Lavadeiras em Portugal As lavadeiras sempre desempenharam um papel importante na sociedade portuguesa ao longo dos séculos. Elas eram mulheres responsáveis por lavar roupas, lençóis e outros tecidos, utilizando métodos tradicionais que exigiam conhecimentos, habilidade e força física. Antigamente, as lavadeiras reuniam-se em pontos de água, como rios, riachos ou lavadouros públicos (comunitários), para realizar suas tarefas. Elas usavam tábuas de pedra ou madeira, esfregavam as roupas com sabão e batiam para remover a sujidade. A técnica era conhecida como "bater a roupa" e requeria muito esforço físico. Essas mulheres costumavam trabalhar em grupo, compartilhando histórias, risadas e até mesmo canções. Eram momentos de sociabilidade, em que as lavadeiras  se mantinham informadas sobre o que acontecia na comunidade e trocavam exp

Antigamente: venda de louça preta de Bisalhães à beira da estrada

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Antigamente, e até à construção do IP4 (que ligava Amarante a Bragança, passando por Vila Real ), os oleiros de Bisalhães mostravam e vendiam as suas peças (umas mais utilitárias outras mais decorativas) à beira da « sinuosa estrada do Marão EN15 ». Hoje, apenas podemos vê-los a trabalhar (um ou dois) e adquirir as suas peças, em estruturas fixas construídas pela Câmara Municipal, na Avenida da Noruega, após a saída do IP4, em direcção ao centro da cidade de Vila Real. Para saber mais sobre o " barro negro de Bisalhães ". Sugestões: Refeição no Douro em tempo de vindimas O Traje das Vindimadeiras no Douro A Capucha - Trás-os-Montes

As segadas - Castanheira - Chaves - Trás-os-Montes

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Os segadores no fim da ceifa. O grupo de segadores ao entrar na povoação. As segadas “Rezam as velhas crónicas de tempos idos… Os povos primitivos viviam da “recoleição” de frutos. Eram recolectores. E afinal de contas também nós hoje colhemos e armazenamos os alimentos, embora de maneira diferente. Festa da recoleição, lê-se em velhas crónicas da sua existência, em tempos muito antigos. As suas celebrações tinham plena razão de ser, pela estabilidade que geravam para ao longo do ano se poder contar com a ausência de penúria. Quando nos meus tempos de criança observava a peregrinação diária dos pobres das portas, ia tomando conta de alguns desabafos que se ouvia dizer, com a força de orações como esta: que nunca nos falte o pão e o caldo.  Ler mais Sugestões: Imagens da Festa das Cruzes, em Barcelos - 1912 Trajes regionais femininos do Norte, por ocasião da visita d'El-Rei ao Norte (1908) Tipos de mulheres – arredores do Porto (1896)

Os carreiros do Douro (2)

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Na sequência do post anterior ... António Luís Pinto da Costa, na sua obra « Alto Douro – terra de vinho e de gente » (Edições Cosmos, Lisboa, 1999), escreve que «(…) Os cascos eram transportados pelas empinadas veredas e calçadas alto-durienses em carros de bois, especialmente concebidos para essa função:  o cabeçado era ligeiramente encurvado para cima para não estrangular os animais nas descidas;  o chedeiro não tinha soalho, ficando com as travessas à vista para ser mais leve;  as chedas , levemente encurvadas para dentro, prologavam-se para além da última travessa do leito, para que nelas pudesse assentar-se, atravessado, um pipo de vinho, o penso dos bois ou o que fosse preciso para a viagem; as rodas, embora de madeira, tinham amplos espaços vazios e reforços de grandes pranchetas de ferro ( meias-luas ou seitoiras ), para se tornarem leves e resistentes;  as molhelhas , feitas de couro e forradas a pano vermelho protegiam a cabeça do animal: o chiadoiro do eixo nas treito

O Pastor Alentejano - Gentes de outros tempos!

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  O Pastor Alemtejano ( Cliché  do distinto fotografo amador sr. Francisco Bonache, da Golegã, e pertencente ao distinto professor e escritor sr. dr. Tomaz de Noronha) Penso que esta não é, com toda a certeza, a imagem que fazemos do Pastor Alentejano .  No entanto, esta fotografia foi publicada na Ilustração Portugueza (Outubro de 1913), com a legenda acima indicada.   Quem quiser saber como é que são descritos, na obra de José Leite de Vasconcelos , Etnografia Portuguesa , alguns trajos característicos do Alentejo, pode clicar aqui .

Tipos Populares Portugueses - Lavadeira do lugar de Aradas - Aveiro

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Lavadeira do lugar de Aradas dirigindo-se para Aveiro a buscar roupa Cliché de António Nunes Rafeiro, Aveiro (Ilustração Portuguesa)

Olaria de Bisalhães (Vila Real ) - Moldar o barro

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Olaria de Bisalhães - Moldar o barro « A mesa de trabalho é formada por duas rodas e pelo banco.  A de cima, grossa, tem um orifício reforçado com latão (“bucha de roda”), onde insere um eixo de madeira (“bico de trabulo”), que liga a outra, colocada por baixo.  No centro do tampo há uma elevação, com um palmo de diâmetro, onde se pousa o barro.  Movimentando a roda inferior, com o pé, faz girar a que está por cima, onde coloca o barro de onde sairá a peça a elaborar. À medida que a roda gira, segura o barro com a mão esquerda e, com a outra, dá-lhe a forma desejada, molhando-a para facilitar o trabalho.  Antes que a argila seque, o artesão dá asas à sua imaginação e enfeita a peça com flores ou outros adornos.» Texto: Júlio António Borges, in Monografia do concelho de Vila Real Imagem: Foto de Duarte Carvalho – Colecção de Postais editados pelo Centro Cultural Regional de Vila Real em 1999

Olaria de Bisalhães (Vila Real ) - Picar o barro

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Olaria de Bisalhães -  Picar o barro « O barro, tirado da barreira, era partido e guardado numa dependência, a que chamavam “caleiro”.  Quando fosse necessário, levavam-no para o pio e, deitando-lhe água, malhavam-no até o reduzir a pó.  Passavam-no pela peneira, para afastar as impurezas.  Havia dois tipos de peneira, conforme os utensílios a produzir: o crivo (malha larga) para a “louça churra”; e a peneira de rede fina, destinada à confecção de louça decorativa .» Texto: Júlio António Borges, in "Monografia do concelho de Vila Real" Imagem: Foto de Duarte Carvalho – Colecção de Postais editados pelo Centro Cultural Regional de Vila Real em 1999

Olaria de Bisalhães (Vila Real ) - Expôr a louça

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Olaria de Bisalhães - Expôr a louça « Até à construção do IP4, um pouco antes de chegar a Vila Real, havia tendas de louça preta a ladear a estrada .  O viajante, atraído pela cor das peças, parava e o negócio lá se ia desenvolvendo.  Com a a abertura da via rápida, as tendas foram transferidas para pequenos pavilhões, à entrada da cidade.  Nalguns, pode-se admirar o trabalho do oleiro, na azáfama de elaborar as belas peças que exibe penduradas por dentro e por fora da loja .» Texto: Júlio António Borges, in Monografia do concelho de Vila Real Imagem: Foto de Duarte Carvalho – Colecção de Postais editados pelo Centro Cultural Regional de Vila Real em 1999

Olaria de Bisalhães (Vila Real ) - Esconder, na liga, os pucarinhos do peito

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Olaria de Bisalhães - Esconder, na liga, os pucarinhos do peito « A par dos utensílios de barro preto, usados nas lides domésticas, havia minúsculas peças ornadas com um lacinho na asa ou no gargalo.  Os namorados procurando agradar ao ente querido, ofereciam-lhas, trazendo-as ao peito enquanto durassem os festejos (1).  Daria mais sorte se fossem roubadas.” Texto: Júlio António Borges, in Monografia do concelho de Vila Real Imagem: Foto de Duarte Carvalho – Colecção de Postais editados pelo Centro Cultural Regional de Vila Real em 1999 (1)  Nota da Equipa do Portal : Feira dos Pucarinhos, dias 28 e 29 de Junho (Festas de S.Pedro), que se realiza, desde meados do século XIX, na Rua Central (actualmente Rua dos Combatentes da Grande Guerra), em frente da Igreja dos Clérigos, mais conhecida como Capela Nova.

Olaria de Bisalhães (Vila Real ) - Retirar a louça do forno

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Olaria de Bisalhães - Retirar a louça do forno « O fumo provocado pela combustão, dá a cor característica do barro da região.» Texto: Júlio António Borges, in Monografia do concelho de Vila Real Imagem: Foto de Duarte Carvalho – Colecção de Postais editados pelo Centro Cultural Regional de Vila Real em 1999

Olaria de Bisalhães (Vila Real ) - Cozer a louça

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Olaria de Bisalhães - Cozer a louça « Tapado o forno, a temperatura atingia novecentos graus.  Há fornos feitos com tijolo, medindo metro e meio de profundidade, por três de diâmetro.  Aplicavam um pião (cilindro), para facilitar a difusão das chamas pelas peças, e “roncas” (panelas estragadas), evitando que quebrassem, adquirindo um tom avermelhado se não fosse abafada.» Texto: Júlio António Borges, in Monografia do concelho de Vila Real Imagem: Foto de Duarte Carvalho – Colecção de Postais editados pelo Centro Cultural Regional de Vila Real em 1999

Olaria de Bisalhães (Vila Real ) - Colocar as peças no forno

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Olaria de Bisalhães - Colocar as peças no forno « Depois de seca, a louça é metida no forno (buraco na terra que leva cerca de mil peças grandes, ou seis mil pequenas, de cada vez), pousada numa grelha sobre lenha a arder.  O buraco é coberto com musgo, caruma e terra, fazendo uma abertura para facilitar a circulação do ar .» Texto: Júlio António Borges, in Monografia do concelho de Vila Real Imagem: Foto de Duarte Carvalho – Colecção de Postais editados pelo Centro Cultural Regional de Vila Real em 1999

Olaria de Bisalhães (Vila Real ) - Gogar

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Olaria de Bisalhães - Gogar « Terminado o artefacto, usa uma palheta para aperfeiçoar os rebordos e um “gogo” (pedra do rio) para a polir.  Os desenhos são aprimorados com um pedaço de pau, afiado, desenhando os motivos decorativos .» Texto: Júlio António Borges, in Monografia do concelho de Vila Real Imagem: Foto de Duarte Carvalho – Colecção de Postais editados pelo Centro Cultural Regional de Vila Real em 1999

Costumes Lisboetas - A Peixeira / Varina

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Costumes Lisboetas - A Peixeira Illustração Portugueza - 21 de Dezembro de 1903 A varina , transportando a sua canasta à cabeça, percorria as ruas de Lisboa com os seus pregões matinais: «Olha a sardinha, é vivinha da costa.» «Há carapau fresquinho, olha o carapau para o gato.» «Ó freguesa leve um quarteirão, é fresquinha a minha sardinha.» «Tenho chicharro lindo, carapau, pescada fina.» «Oh viva da costa.» «Há carapau e sardinha linda.» «Ó freguesa desça a baixo.» Vareiros e Varinas «(...) Quem não se lembra ainda das graciosas varinas que, de canastra à cabeça, saracoteando as ancas e apregoando com o seu jeito característico, percorriam a cidade da ribeira às colinas, vendendo o peixe que arrematavam na lota ou iam  buscar ao cais à chegada das velhas faluas.(...)» Ler+

Profissões antigas - O Soqueiro

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O Soqueiro - Clog-maker Também chamado: Tamanqueiro Quadro do Museu Etnográfico da Província de Trás-os-Montes e Alto Douro , 1940 An aspect of the Ethnografic Museum of Trás-os-Montes, 1940 Edição da Câmara Municipal de Vila Real, 1998 Published by the City Council of Vila Real, 1998 Sugestões: As rendas de bilros em Peniche – rendilheiras a trabalhar! Cesteiros trabalham em vime na Ilha da Madeira, nos finais do séc. XIX As vendedeiras de fruta de Avintes a negociarem com os regatões

Rio das Lavadeiras - Rio Corgo (Vila Real)

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As “ Lavadeiras do Corgo ” são uma figura que ainda hoje povoa o imaginário de muitos habitantes da cidade de Vila Real, particularmente do “ Bairro dos Ferreiros ” ( Rua do Corgo, Rua Sargento Pelotas, Rua de Sta Marta, Rua do Prado, Rua da Guia ), podendo considerar-se uma personagem característica da etnografia vila-realense . Estas mulheres, ainda em tempos não muito recuados, tomavam a seu cargo a tarefa – diária e penosa - de lavar a roupa de outras pessoas (para além da roupa da própria família), para assim ajudarem ao orçamento familiar. Se quiser saber mais sobre as  lavadeiras  e os trabalhos da lavagens da roupa. (Texto: JP - imagens cedidas)

Profissões antigas - O Latoeiro

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O Latoeiro - Tinsmith Quadro do Museu Etnográfico da Província de Trás-os-Montes e Alto Douro, 1940 An aspect of the Ethnografic Museum of Trás-os-Montes, 1940 Edição da Câmara Municipal de Vila Real, 1998 Published by the City Council of Vila Real, 1998

Profissões antigas - O Tanoeiro

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O Tanoeiro - Cooper Quadro do Museu Etnográfico da Província de Trás-os-Montes e Alto Douro, 1940 An aspect of the Ethnografic Museum of Trás-os-Montes, 1940 Edição da Câmara Municipal de Vila Real, 1998 Published by the City Council of Vila Real, 1998